segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A torta foi parar na frigideira

Mark Bittman, O Minimalista, do The New York Times


Em minha campanha para tornar mais fácil a confeitaria, pensei em fazer uma torta sem farinha, sem crosta, que fosse ao mesmo tempo mais cremosa e menos bolo. A ideia era um prato feito na frigideira, mas que parecesse uma torta, uma sobremesa tipo frittata, que fosse tão fácil de fazer quanto uma omelete, mas rica, boa de mastigar e doce.
Estabelecido o conceito, a execução não foi tão difícil. Comecei com uma base de ovos (nada surpreendente) e optei por usar, em lugar de farinha, amêndoas trituradas no processador. Eu queria sabor, não leveza. Para melhorar a textura, misturei um punhado de amêndoas fatiadas.
Creme, açúcar, um pouco de suco de limão para dar equilíbrio – e tinha diante de mim o que parecia uma bela e promissora massa. Tão promissora que precisei conter a pressa, desacelerar o processo e admitir que tempo era um fator chave: para impedir que os ovos talhassem, tive de baixar a temperatura. Mantive a torta – na realidade, era uma torta – por uns minutos em fogo baixo, para os ovos acompanharem o processo. Depois levei ao forno, para terminar.
Como fã de tudo que é crocante, passei a frigideira para o alto do forno por um minuto, até dourar o topo da torta, polvilhei com açúcar de confeiteiro e declarei sucesso. A torta feita na frigideira é rica, úmida, doce e fácil de fazer.
Para um café da manhã à antiga, um substituto do clássico bolo de café ou uma sobremesa de última hora, este é definitivamente meu tipo de confeitaria.

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